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Sunday, May 08, 2005

João Pedro Pais - O Poeta Injustiçado

Um verdadeiro Luís de Camões dos tempos modernos?? João Pedro Pais, poeta injustiçado João Pedro Pais é, para alguns, o melhor músico da sua geração. Para outros é o "Robbie Williams português". Para mim é um dicionário de rimas ambulante. Um dicionário de sinónimos Porto Editora, uma Enciclopédia e o CD "Falar por Sinais" são o necessário para uma tarde bem passada a fazer Palavras-Cruzadas. Mas não nos fiquemos só pelo riso sufocado enquanto desligamos rapidamente a RFM. Numa primeira tentativa de encontrar o real significado de cada verso por detrás do elevado estado alcoolizado do autor,tenho o prazer de apresentar uma análise cuidada do hit "Um Resto de Tudo". Um Resto De Tudo Desce pela avenida a lua nua (Estou a descer uma avenida à noite) Divagando à sorte, dormita nas ruas (Estou desorientado e com sono. Ao usar ruas em vez de "avenidas" já consigo quase rimar com lua nua) Faz-se de esquecida, a minha e tua (Não sei o que acabei de escrever mas pelo menos "tua" também rima com lua nua) Deixando um rasto, que nos apazigua (Lua, nua, ruas, tua, apazigua. Boa. Vem aí o refrão!) Refrão: Sou um ser que odeias mas que gostas de amar (Uma contradição fica sempre bem) Como um barco perdido à deriva no mar (Grandiosa comparação: "Um ser que odeias mas gostas de amar como um barco perdido à deriva no mar". As outras hipóteses eram "como um pássaro ferido a tentar voar" e "como um bife vendido, num talho do Lumiar") A vida que levas de novo outra vez ("De novo outra vez", espero que seja suficiente para passar a ideia de repetição) O mundo que gira sempre a teus pés (A Terra gira sobre si própria. É um facto. Já Copérnico o afirmava, mas nunca foi Disco de Platina) Sou a palavra amiga que gostas de ouvir (Tu e mais 120 mil que compraram a m***a do cd) A sombra esquecida que te viu partir (Pá, fica mesmo giro isto de meter sempre um adjectivo estranho à frente dos nomes: palavra amiga, sombra esquecida, noite vadia...) A noite vadia que queres conhecer (Abordagem a problemas sociais como a vadiagem e a prostituição) Sou mais um dos homens que te nega e dá prazer (Mais uma contradição, estou imparável!) A voz da tua alma que te faz levitar (Um certo exotismo oriental) O átrio da escada para tu te sentares (Não rima muito bem com levitar,damn it! ) Sou as cartas rasgadas que tu não lês (Não entendo pá, será que ela não gosta dos meus poemas?) A tua verdade, mostrando quem és (O que é a Verdade? Quem somos? Para onde vamos?) Entra pela vitrina surrealista (Eu optava pela porta, mas isso sou eu) Faz malabarismo a ilusionista (Ou "faz contorcionismo a trapezista") Ilumina o céu que nos devora (Estou completamente pedrado) Já se sente o frio, está na hora de irmos embora (Devora, hora, embora...) Sou um ser que odeias mas que gostas de amar Como um barco perdido à deriva no mar... (gostava mais do bife no talho do Lumiar, mas o que fazer...)
(texto anónimo via-Mail)

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